terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Dor

olá meus lindos sem regras!
Como vão?
Eu estou bem, estudando muito e dormido demais. Não estou tendo tempo para mais nada.
Bem, aqui está nosso sexto cáp.

Meellany

                           .6 Dor
-Mas eu não quero ir pra casa.
Reclamava Théo quando eu o estava levando pra casa.
Depois de o Bêe ter dado um fora na garota que o beijou e saiu correndo atrás de Paulynha como eu havia imaginado. Peguei Théo e puxei pra casa.
-Não te perguntei se quer, sua mãe deve estar apavorada de preocupação com você.
Eu disse, enquanto virávamos a última esquina até sua casa.
-Não deve não!
Ele disse.
Não falei mais nada, já estávamos em frente a sua casa.
-Não precisa falar com a minha mãe. Eu vou entrar e ela nem vai perceber.
Ele disse.
Eu soltei seu braço e ele correu pra casa.
É claro que eu entraria para falar com a Bruna (Mãe do Théo), mas eu não estava com humor para isso.
Eu estava pensando no Meu Ele.
Eu estava com saudades dos beijos, dos toques, das frases carinhosas.
Lembrava-me de outra vez que nos vimos na mesma balada.
“ Eu estava com a Perlla na mesma balada, quando o vi ele estava lindo como sempre. Não consegui me conter e abri um sorriso, ele fez o mesmo.
Veio até mim e me beijou no rosto.
-Oi.
Ele disse a Perlla.
-Oi.
Ela respondeu os dois não se dão muito bem.
-Estavam falando de que?
Ele perguntou se pondo ao meu lado e colocando o braço em volta da minha cintura.
-Sobre o Dudu, acho que o vi aqui hoje.
Respondi.
-Quem é Dudu?
Ele quis saber.
Eu tinha feito de propósito querendo saber se ele ficaria com ciúme e pra minha felicidade ele ficou.
-Um garoto que eu fiquei.
Respondi indiferente.
-Sei, então por que você não fica com ele de novo?
Ele disse soltando o braço de minha cintura e cruzando-o com o outro.
Eu e Perlla rimos juntas. Ele não é um fofo?
-Por que eu não quero – Respondi quando parei de rir, virei pra ele e descruzei seus braços, os colocando em volta de mim, ele deixou e manteve os braços em volta da minha cintura para eu poder tocar seu rosto. – Tenho coisa melhor aqui.
Eu disse e o beijei.
Quando nossos lábios se tocaram o chão se abriu debaixo dos meus pés, nossas bocas se movimentavam devagar, com desejo, calor, aproveitando gostosamente cada movimento que fazíamos.
-Nossa! – Ouvi Perlla dizer. – Que inveja – Ela sussurrou o outro amigo do Lipe, Gabriel não foi mais – Vou dar uma volta – Ela disse sem graça quando viu que não íamos parar de nos beijar tão cedo...”

-Meellany?
 Ouvi uma voz vinda de longe.
Virei-me, e o vi. Fiquei espantada, nervosa, feliz, com raiva, confusa... Tudo ao mesmo tempo.
-O-oi. – Respondi gaguejando, o que Diogo Wayne estava fazendo ali? – O que está fazendo aqui?
Perguntei quando ele se aproximou tão espantado quanto eu.
-Vim visitar uma amiga.
Ele disse indiferente.
“Minha história com o Diogo foi longa, muito, muito longa. Foi meu primeiro namorado. Eu o amei demais! Amei tanto que acho que nunca vou conseguir amar alguém como o amei. Até que descobri que ele estava apaixonado por minha amiga Laiiz Santhiagoo. Eu fiquei desesperada, não podia perdê-lo, não ia conseguir viver sem ele. Então tolamente sugeri para que fizéssemos um trio. Laiiz aceitou na hora, ele por sua vez ficou meio sem jeito mais aceitou com a seguinte frase “Essa idéia é louca Meel, mas como eu sou meio louco...”. Isso não durou nem uma hora, eu não gostava não me sentia a vontade, simplesmente não dava para agüentar.
Desisti de tudo, e ele ficou comigo e não com a Laiiz, mas eu não tinha confiança neles. E então estúpida, imatura, ridícula, sem noção, vingativa, imperdoável, desesperada e idiota como eu era... O trai. Não me orgulho disso, nunca me orgulhei.
Ele soube e terminou comigo. Tempos depois... eu pedindo perdão o tempo todo...ele me perdoou. E eu disse “Ufa!    Que bom que me perdoa você ainda é meu melhor amigo.” E realmente era, sempre foi, desde quando nos conhecemos, quando namoramos, até o fim. “Ta bom. Mas nunca vai ser a mesma coisa de antes.”
E realmente nunca foi. Depois de um tempo tentando aproximação. Desisti. Ele se mudou.
E então só nos vimos agora. ”
-Então como está?
Eu estava totalmente desconfortável com essa situação.
-Bem.
Ele disse frio.
-Que bom.
Disse sem graça.
Se ele ia continuar assim, por que veio falar comigo? Fingia que não me via! Não faria diferença alguma para mim.
Acho que sem graça é leve demais para a maneira que eu me senti. O jeito como ele falou me lembrou dos primeiros dias que eu tentei aproximação.
Ele me olhava diferente. Meu coração doía. O garoto que eu mais amava no mundo me evitava. Eu chorava em casa. Chorava muito.
Só cessava quando minha mãe chegava de noite do trabalho.
A dor era horrível. Mas eu não podia esperar menos. O que eu fiz foi repugnante. E era isso o que mais me doía. O fato de eu não puder culpar ninguém, além de mim mesma.
-Tem feito alguma coisa de bom?
Perguntei involuntariamente, o silencio e o modo em como ele me deixava... Mau... me perturbava.
-Nada. E você?
Isso estava acabando comigo.
Eu não o amava mais, porém o modo em como ele me tratava, lembrava de como eu fiquei dias chorando por ele. Olhando fotos, lembrando de momentos...chorando,chorando e chorando. Isso me machucava terrivelmente.
-Erm... escrevi um livro.
Eu disse tentando parecer indiferente quanto a minha estranha dor.
-Sério?Sobre o que?
Era difícil dizer se ele estava realmente curioso, ou apenas estava querendo ser educado. As expressões dele mudaram muito desde a última vez que nos vimos.
-Hum... romance – Eu ri teatralmente – Você me conhece sou muito romântica.
O que eu estava fazendo?Tentando reconquistá-lo?Estava flertando com ele? Não!Não Mesmo! O que eu senti por ele foi forte, tão forte que acredito que jamais sentirei por alguém algo parecido. Mas já tem muito tempo, muito tempo!
-É eu conheço – Ele disse e riu sem graça.
A risada dele era uma das poucas coisas boa de que me lembrava. Sempre dizia que seu sorriso era o mais lindo do mundo.
-Erm, Dih. – Eu o chamei pelo apelido, como sempre fazia quando estávamos juntos. – Está namorando?
Tentei ao máximo fazer com que essa pergunta parece de uma “velha amiga” não sei se funcionou.
-Sim.
Ele respondeu, não mais friamente como antes, mas indiferente.
Isso me doeu, eu não sei por que, mas saber que ele estava com outra me machucou profundamente. Senti rapidamente meu olhos se aquecerem.
Não! Estou louca? Não posso chorar! Por que choraria? Só por que o garoto que eu mais amei na vida até agora estava namorando outra, depois de dois anos que nós rompemos! Isso é estupidez!Idiotice! E outra por que eu estava lembrando essas coisa? Eu e ele éramos muito imaturos quando namoramos, jamais ia querer que isso durasse para sempre!
Ia?
“– Eu te amo muito Meel! Vamos ficar juntos para sempre.
Disse Dih depois que nos beijamos
-Para sempre!
Eu concordei.”
-E você?
Perguntou Dih tirando-me das lembranças, meus pensamentos.
-Bem, eu diria, mais ou menos.
Eu disse, as minhas habilidades teatrais ajudam muito uma sentimentalista como eu.
-Bem, eu vou ficar com minha namorada, foi bom te ver Meel.
Ele disse.
Depois disso não me conti, meu olhos ficaram quentes, e minha visão embaçada.
-Tchau Diogo.
Eu me virei rápido de mais, torcendo para ele não ver as lágrimas que suas frases me provocaram.
Corri de volta para minha casa.
Mais que idiotice Meellany! Você não pode fazer isso consigo mesma!Não pode mais amar o Diogo!Não! Ele terminou com você!Estava apaixonado pela sua amiga! Você o traiu! Acabou! Meel! Acabou!
Esse discurso não adiantava. Eu era realmente tola! Como posso fazer isso comigo? Já não bastam as coisas que me fiz passar acreditando em um amor bobo de quatorze anos? Só por que o vi de novo não significa que o amor tenha que voltar também! Não! Eu não posso agüentar isso de novo.
Bati em um poste, e três vezes no muro de uma casa. Passei alguns passos para perceber que era a minha.
Entrei correndo e bati o pé em uns dos enfeites do meu jardim e cai.
Não tive forças para levantar de lá.
Continuei deitada na grama chorando.
Imbecil! Eu sou uma imbecil!Só posso gostar de sofrer! Essa é a única explicação!
Por que o meu ridículo coração guardara esse sentimento durante todo esse tempo?! Já não basta, eu ter me humilhado para ele durante muito tempo até ele me perdoar? Eu cansei! Será que eu não posso amar outra pessoa do jeito que o amei? Ou melhor... não amar ninguém!
É repugnante o fato de que não consiga esquecê-lo! Já faz dois anos! E ele está com outra! Por que estou chorando por causa dele?
Por que perguntei se ele estava namorando? Por que esperava outra resposta? Por que estou deitada na grama do meu jardim me fazendo perguntas tolas com medo de pensar na resposta? Por quê?Por quê?
Por que você ainda o ama.” Disse a vozinha irritante da minha consciência.
Chorei mais.

-Filha?Meel?
Disse uma voz familiar e reconfortante.
Senti mãos irem ao meu rosto e tirar meu cabelo dele.
-Mamãe.
Falei baixo e abri os olhos.
Minha mãe me olhava com preocupação estampadas em seus olhos.
-O que esta fazendo meu amor?Deitada no jardim.
Disse minha mãe me ajudando a levantar.
-Estava pegando sol e dormi.
Ás vezes meu talento me impressiona.
Minha mãe riu.
-Que horas são?
Perguntei confusa, o que minha mãe estava fazendo em casa cedo?
-Uma da manhã.
Ela respondeu com doçura.
-Uma da manhã?
Eu me despertei.
Sai dos braços de minha mãe
-Sim. Hoje o dia foi puxado no salão, fiz uns dezesseis cabelos.
Disse minha mãe enquanto entrava em casa.
-Não acredito!Dormi demais.
Resmunguei entrando em casa depois da minha mãe.
-E vai dormir cinco da manhã.
Disse minha mãe enquanto entrava no banheiro.
-Bêe veio aqui.
Eu disse ignorando o comentário dela e me pondo na porta do banheiro para conversarmos.
-É mesmo?Pena que eu não pude vê-lo.
Disse minha mãe do banheiro.
-Ele ganhou uma moto e ela é metade minha.
Disse sem muito entusiasmo, eu queria apenas entrar no banheiro e tomar um banho, eu tinha cheiro de grama!Arg!
-Uau!Que impressionante filha.
Disse minha mãe, e então eu ouvi o barulho do chuveiro ser ligado.
-Théo também veio aqui.
Eu disse.
-Théo Cavalcante?
Perguntou minha mãe
-Sim.
Eu respondi.
A conversa parou por ai.

Depois que minha mãe saiu do banho, eu corri para debaixo do chuveiro, a água morna é perfeita para meus pensamentos fluírem.
Estava pensando em todos os meus quatro irmãos
Jacob Milkinni meu irmão mais velho e já casado
Nicollas Rodrigues o segundo mais velho
Nathan Brito
Bernardo Medeiiros
E por fim
Théo Cavalcante.
Meu nome completo é
Meellany Rodrigues Foort’s Milkinni
Mas eu como amo meus outros dois irmãos não de sangue acrescentei seus sobrenomes e tirei o idiota “Foort’s”
Meellany Milkinni Rodrigues Medeiiros Cavalcante Brito            
Acho muito mais bonito.
Nathan, Nicollas e Jacob são meus irmãos de sangue por parte de pai. Apesar de eu não ter Brito no meu registro.
Nathan é um dos meus irmãos mais distante.
Nicollas o mais próximo e mais carinhoso.
Bernardo o mais engraçado e mais “pegador”
Théo? Ah! Ele é o meu pivete!
Jake sempre que ele pode está perto de mim, apesar de eu e a mulher dele não sermos próximas. Ele nunca foi muito de demonstrar sentimentos. Mas sei que nos damos muito bem, por nos amarmos muito.
Desliguei o chuveiro e sai.
-Mamãe?
Chamei, apenas ouvi seu ronco vindo do quarto.
“Terei uma longa madrugada” Pensei.
----------------------------------------------------------------------Continua-----------------------------------------------
By: Eu





Perfeito

Ount' meus sem regras.
Desculpe a demora  para postar esse cáp.
é pequeno mais tive uns atrasos repentinos.


                             .5 Perfeito

Senti seus lábios nos meus rápido demais. Eu estava muito feliz,feliz,feliz,feliz,feliz,feliz.
Nos beijávamos rapidamente. Ele liberou meus braços, e eu o abracei. Bêe tinha as mãos na minha cintura, e depois foi descendo,descendo, descendo...
-Tarado.
Murmurei, entre o beijo.
Ele apenas deu sua risadinha safada.
-Vamos pra sua casa?
Ele murmurou.
-Um - hum
Foi o que eu consegui dizer.
Quando o senti me puxar para cima da moto.
Eu nem liguei de estar naquela linda moto, até por que nem andamos muito nela. Eu estava ansiosa mesmo era pra estar sozinha em meu quarto com Bêe.

Subimos as escadas correndo. Meu taradinho não perdia tempo, estávamos ainda na sala quando ele tirou minha blusa. Beijava meu pescoço enquanto suas mãos exploravam meu corpo.
Eu fazia o mesmo, dava mordidinhas em seu queixo e o beijava fervorosamente.
Ele me jogou na cama, e aproveitamos ao máximo e nosso momento sozinhos.
Matei toda minha saudade.


---------------------------------------------Continua-------------------------------------------------------
By: Eu

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Raiva

Agora sem regras. O livro chegou ao quarto cáp. Paulinha vai surpreender vocês.
Espero que gostem.
Maria Paula de Liz Realse Clara

                               4. Raiva

Eu estava em meu quarto cor-de-rosa no meu “mundinho perfeito de Paulynha” quando ouvi meu celular tocar. Meel M. chamando.
-Alô?
-Apareça na varanda.
-Espere...
Eu desliguei o celular e levantei da minha cama, atravessei a sala e olhei da varanda. Foi então que eu vi. Meel estava montada em uma linda, perfeita, maravilhosa, visivelmente veloz moto vermelha!
-AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH
Gritei e desci correndo as escadas e fui em direção daquela beleza.
-Uau Meel! Que tudo!Aiin é tão linda!Ela é perfeita!Parece muito veloz!Seria melhor se fosse cor-de-rosa, mas... Nossa! Ela é perfeita!
Tagarelei enquanto rodeava a moto.
-Sim, legal não é?
Disse Meel rindo e desceu da moto.
Meel estava com mesmo macacão que usou quando ganhei meu carro rosa do meu pai. Um mês depois o carro foi roubado. Destino talvez?
Eu a abracei logo pensando que talvez daqui a um mês a moto fosse roubada. Não importa de quem fosse. Mas com certeza era dela.
-Aiin Meel! Ela é simplesmente demais!
-Eu sei!Não é o Maximo!?
-Mais que isso!Ela é...é...Sem palavras!
Eu estava mesmo sem palavras.Uma moto!Moto! M-O-T-O!
-Eu sei...
Eu ri e ela riu junto comigo
-Ela é sua?
Perguntei já sabendo a resposta. É claro que era dela! Acredito que ninguém em sã consciência deixaria uma menina de dezesseis anos pilotar sua moto. Espere...ela não estava pilotando, ela estava na garupa...
-Bem... só metade dela, a outra metade é do Bêe.
Ela disse e gesticulou para algo ao seu lado.
-Bêe? – Olhei para o lado e então o vi.Bernardo Medeiiros estava ali,senti uma vontade enorme de abraçá-lo e chama-lo de cachorro! Mas antes mesmo que eu tivesse tempo de abrir o sorriso que estava acostumada a abrir quando o via, lembrei do que ele fez comigo. A raiva tomou conta de mim e então disse friamente – Ah! Olá Bernardo.
-Erm... oi, Paulynha.
Disse Bernardo parecendo confuso e inocente,mas ele não me engana!Eu sei bem o planinho dele e não me deixei enganar por aquele rostinho lindo, com a frieza eu o corrigi.
- Maria Paula! – Mas não consegui encará-lo mais, se continuasse olhando para aqueles olhos castanhos claros, minha raiva iria embora. Virei-me e olhei para a Meel e tentei sorrir. – Bem amiga eu tenho que voltar para casa, mas assim que você tiver um tempo, volte aqui em casa.
-Ah! Claro amiga, pode deixar...
Eu queria conversar com a Meel que com certeza estava muito confusa com essa história,olhei para o Bernardo novamente e inevitavelmente eu fiz uma careta pra ele, mas logo voltei a mim e soprei um beijo para a Meel.
Virei-me e fui para casa, subi as escadas, mas antes de eu entrar, ouvi a moto e meu coração apertou. Aff’z quando eu quero sou muito malvada.
Mas agora não dava para voltar atrás.
Abri a porta de casa e corri para o meu “mundinho perfeito de Paulynha” que agora não parecia mais tão perfeito assim, não depois de lembrar o que o Medeiiros me fez!
“Um dia ele veio aqui e nós ficamos como já era de costume.
Ele me beijava tarada, pervertida, apaixonada e rapidamente.
-Uau!Hoje você está com tudo em Paulynha!
Ele disse ao fim do beijo
-Só eu é?
Se eu estava com tudo ele então...
-Mas você já esteve melhor.
Ele disse
Isso acabou comigo, como ele ousa dizer que eu Maria Paula de Liz Realse Clara, está melhor uma hora do que outra? Eu sou perfeita em todas as horas!
Olhei feio para ele, me virei e fui embora.
Ele não foi atrás de mim, como eu esperava. Depois descobri que ele tinha que ir embora.
Uns dias depois eu me esqueci disso e liguei para ele, a mãe dele atendeu:
- Alô?
-Oi, o Bêe está?
-Não, ele está com a Maricota.
-Maricota?(risos)
-É você não é Dora?
-Não. Olhe vou desligar.
Desliguei o telefone, irada!Como ela tem a ousadia de me confundir? Essa tal de Dora jamais iria ter a melodiosa e linda voz que eu tenho..
E ainda mais o que o Bêe estava fazendo com essa Maricota!
Aff’z!”
Lembrando-me de tudo isso, deitada na cama do meu quarto, ouvi a campainha tocar.
Bêe?Meel?Papai Noel?
Tantas opções!
Levantei-me devagar e fui lentamente em direção a porta. Quando olhei do olho mágico vi a Meel, meu coração ficou ao mesmo tempo feliz e triste.
Feliz por que precisava desabafar com minha amiga e triste por que eu queria ter uma conversa muito séria com o papai Noel!Ele esqueceu meu celular novo no natal do ano passado.
Meel estava com a cabeça virada para o lado e inclinada para baixo, com seu sorriso ela movia os lábios, olhei para a mesma direção que ela estava olhando e vi o Théo, meu sobrinho. Fiquei muito feliz em vê-lo!
A campainha tocou de novo eu girei a chave e escancarei a porta.
-Titia!
Gritou o Théo, e me abraçou.
-Sobrinho!
Eu o peguei no colo.
-Eii!
Ele reclamou
E eu ouvi a risada de Meel.
-Me solta!Me solta!
Théo pediu e eu o soltei.
-Pronto seu chato.
Eu mostrei a língua pra ele e ele fez o mesmo.  
-Oi Meel!
Eu olhei para a menina de cabelo vermelho vivo que entrava em minha casa. Ás vezes a Meel não parece minha melhor amiga, ela parece estranha. Eu a conheci com treze anos e ela doze, ela tinha cabelo castanho escuro e curto, não mudou muito em quatro anos, só seus cabelos que estavam compridos e vermelho vivo!
-Olá Paulynha.
Ela sorrio pra mim, não da mesma forma que costuma sorrir, e eu sabia por que ela estava diferente.
-Hã... Théo, tem refrigerante na geladeira.
Eu disse olhando para Théo que estava deitado no sofá com os pés em cima da mesa.
-Qual?
Ele perguntou.
- Coca.
Meel respondeu se colocando ao lado do sofá.
-Oba!
E levantou-se depressa do sofá e correu para cozinha.
Eu olhei a Meel, e antes que eu pudesse dizer algo ela disse:
-Eu escutarei e só depois darei minha opinião. Prometo.
Ela sorriu, a Meel me conhece muito bem.
-Vamos para o meu quarto.
Eu disse e a puxei pela mão.
-“O mundinho perfeito de Paulynha”
Zombou Meel enquanto entravamos.
 Nos sentamos na cama e peguei meu travesseiro em forma de coração cor-de-rosa que apelidei de Bêe.
-Pode começar, explique-me tudo.
Disse Meel.
-Bem... – Eu contei tudo a ela sem esconder nenhum detalhe e depois finalizei – Meel, o que me deu mais raiva, foi o fato de que depois disso ele ficou três meses sem vir pra cá!
A Meel que ficou quieta todo o tempo em que eu falei como ela mesma havia prometido gritou:
-EU TE ODEIO!VOCÊ NÃO SABE O QUE EU TIVE QUE PASSAR POR CAUSA DE VOCÊ E SUAS MANIAS BOBAS! ELE FEZ A CARINHA MAIS TRISTE E MAIS DEPRIMENTE DO MUNDO! EU TE ODEIO! O QUE EU VI FOI TORTURA!TOR-TU-RA!
Ela suspirou depois de gritar e se deixou cair na cama.
Uau!Imagino como o Bêe deve ter ficado, quando ele esta triste deixa todos a sua volta triste também.
-Está mais calma?
Perguntei depois de um tempo com minha voz de Barbie.
-um - hum.
Ela respondeu.
-Estou errada, não é?
Perguntei já sabendo a resposta.
-Muito...
Ela começou.
Então ouvimos a porta abrir.
-Ah!Então foi por isso que o Bernardo estava boladão lá na casa da Meel.
Disse Théo sentando-se entre mim e Meel.
Aah! Ele havia escutado tudo!
-Théo, é horrível ficar ouvindo a conversa dos outros atrás da porta!
Resmungou Meel.
-Que conversa?Só ouvi Paulynha falar e você gritar... depois de muito tempo. Paulynha é uma matraca.
Ele disse e riu.
-Olha só, será que vocês podem prestar atenção em mim!Eu sou a importante aqui!
Reclamei.
-Você está errada e sabe disso.. não farei mais nada.
Disse Meel e se levantou.
-Quem quer sorvete?
Perguntou Théo.
-Sorvete?Hum, pode ser uma boa idéia.
Eu disse e me levantei, Théo se levantou em um pulo.
-Promete que depois irá falar com o Bêe?
Pediu Meel.
-Sim.
E disse animada. Tudo iria se resolver.
 Odiei ir andando depois que eu vi a moto da Meel, bem que o Bêe podia ter deixado com ela.
-Eu quero de chocolate.
Disse Théo ao vendedor
-Uva.
Disse Meel em seguida.
-morango.
Eu disse por último.
Assim que o senhor nos deu os sorvetes, eu vi a linda moto vermelha a dois metros de mim.
Não!Não pode ser!Será?
-Meel...
Eu chamei, mas ela já estava olhando primeiro do que eu. Ela reconheceria moto mesmo que ela estivasse na China!
Mas o que nos chamou atenção não foi apenas o fato da moto estar lá. Foi que uma garota estar encostada nela. A menina era bonita admito usando uma minissaia jeans e uma blusa verde tinha cabelo preto liso até o ombro. Eu queria ir até lá. Mas não tive coragem. Então a menina olhou pra mim, seu rosto demonstrou espanto por um momento, depois vi que ela sorriu maliciosamente, como se me conhecesse, ela virou o rosto e automaticamente olhei para mesma direção que ela. Vi que Bêe se aproximava, meu coração apertou. Ela olhou para mim novamente e ele fez o mesmo. Ao encontrar os olhos de Bêe, podia jurar que os vi brilhar.
Foi tão rápido que quando vi já tinha me levantado da cadeira.
Assim que Bêe me olhou a menina ao seu lado o puxou ferozmente e o beijou. Ele nada fez, ficou parado deixando que ela o beijasse.
Théo não estava conosco, brincava na pracinha com outros meninos.
-Tchau.
Disse para Meel com voz de choro.
-Mas...
Ouvi-a dizer, mas eu já estava longe, andava tão rápido que tropecei em uma pedra, mas não cai, continuei andando.
Chorava, chorava de raiva, chorava sem lágrimas, como ele pôde?
Não conseguia pensar direito.
 Estava perto da minha casa quando ouvi o barulho de uma moto.
Não!Não!Não!Não! Ele não podia ter a cara-de-pau de ir atrás de mim. Não mesmo!
Olhei para trás por uma fração de segundos e o vi.
Quando olhei novamente pra frente disposta a andar mais depressa, a correr se fosse necessário, vi tudo passar rápido por mim, senti algo gelado bater em meu peito, e senti dor. O ouvi gritar:
-PAULYNHAAAAAAA!
Eu havia caído, quando me apoiei nos braços para me levantar, senti mãos fortes se porem debaixo de mim e puxar-me.
Estava de pé muito rápido e fiquei tonta por um momento.
-Você está bem?
Ele perguntou. Ele me olhava preocupado, seus olhos castanhos escuros me acalmaram, tive vontade de sorrir, e infelizmente sorri. Ao ver meu sorriso ele se tranqüilizou, e sorriu também. Aquele sorriso lindo... Mas logo votei a mim, eu tinha que estar com raiva dele. Quando dei por mim nossos corpos estavam muito mais juntos do que eu esperava. Parei de sorrir num ato e o empurrei.
-Me solte! Está louco? Fica me agarrando!
Eu passei a mão pelo corpo como se estivesse limpando o que ele tocou.
-Cara, por que você ta...
Ele começou, mas eu não o deixei terminar.
-Simplesmente pelo fato, de depois de você ter dito coisas horríveis pra mim de como eu sou ruim em uma hora e boa em outra, ter ficado com uma Maricota e uma Dora, depois você some! E por fim beija outra garota na minha frente! Você é um idiota!Eu te odeio!E quer saber de mais eu...
Eu comecei a tagarelar alto. Bernardo me segurou firme pelos braços e gritou:
-CALA-A-BOCA! – Eu me assustei, ele nunca havia gritado comigo, nunca dessa forma, acredito que o jeito que ele estava me segurando, poderia me machucar facilmente, mas ele não o fez me segurava firme, mas não tão forte a ponto de me machucar, ele jamais faria isso. – Eu sumi por uns tempos por que meu pai pediu para ajudá-lo com a mamãe que estava doente! Maricota e Dora são minhas primas que ficaram lá para me dar uma força! E aquela garota é só uma amiga! Já expliquei que não gosto dela! – À medida que ele falava meu coração ficava mais aliviado, suas palavras saíam mais calmas à medida que ele as falava, até que então ele parou, e ainda me segurando firme chegou nossos rostos para mais perto. – Você não vê sua patricinha idiota? Eu gosto de VOCÊ.










sábado, 4 de fevereiro de 2012

Bagunça

Esse cáp. é curtinho e por isso vão ser 2 cáp postados essa semana

.3 Bagunça



 Eu estava morrendo de saudade daquele pirralho, que não pensei na decepção de Bêe, corri para porta empurrando ele da entrada e abraçando o Théo.
-Meel!
Ele gritou ao me ver e me abraçou.
-Oi pequeno!
Eu disse.
Nos soltamos e ele entrou.
-E ae? Como estão as coisas?
Ele disse e se jogou em cima do sofá.
Ai, ai esse garoto não vai mudar nunca?
-Ótimas!
Eu disse sem pensar, eu havia me esquecido completamente do Bêe, até...
-Erm... Meel, eu tenho que ir agora.
Bêe disse, já perto da porta novamente.
-Não Bêe...
Eu disse me aproximando.
-Eu vou ficar legal Meel, eu juro.
Ele me disse sorrindo.
-Ta bom então, não suma ta bom!Volte logo.
Eu pedi.
-Claro.
Ele disse e saiu.
Esperei até ouvir o barulho da moto, e assim que ouvi, meu coração apertou, tão pouco tempo com minha motinha, e ela já estava indo embora.
-O que é que aconteceu com ele?
Perguntou Théo.
-Paulynha...
Eu murmurei
-O que?
-Nada pequeno, não é nada. -Eu disse me virando para ele – Mas, e então? Veio sozinho?
E me sentei ao seu lado no sofá
-Claro! Eu fugi de casa!
Disse ele, sentindo orgulho de si mesmo quando disse isso.
-O que? Como assim fugiu de casa? E   sua mãe? O que ela deve está pensando agora? Seu louco!
Eu tagarelei me levantando rapidamente no sofá.
-Aah! Não liga pra ela não, estava com saudade de você né!
Ele riu.
-Não importa! Vou ligar agorinha mesmo para ela!
Eu fui em direção ao meu celular que estava em cima da mesinha azul, verde, rosa, amarela e branca do abajur amarelo, em geral não uso muito o telefone convencional. Mas antes que eu pudesse pegá-lo Théo correu na minha frente e o pegou antes de mim.
- Nada disso, não vou deixar você ligar para mamãe!
Ele disse e riu.
-Ei!Me devolva isso.
Eu disse e me estiquei para pegar o celular, mas Théo correu, e eu fui atrás dele.
Nada como correr atrás de uma criança de seis anos que está com seu celular.
Isso não era nada, perto do que Théo faz. Ele já se cortou com faca, por que eu não queria dar doces a ele,quando bebê ficou perto do lado fundo da piscina,subiu na pia e caiu, com cinco anos atirou pedra em um velhinho com estilingue, roubou cem reais de mim...
-Théo volte aqui!
Já estávamos na terceira volta na sala, depois de subir duas vezes a escada e mais três na cozinha.
Eu estava morrendo, de onde esse pequeno tirava tanta energia? Com certeza não era do tamanho.
Ele ria, com muito fôlego, eu cai no sofá.
-Te odeio!
Murmurei
-Mentira!
Ele riu do outro lado da sala.
-Odeio, e odeio muito!
Olhei ele com raiva.
-Você me ama.
Ele parou de rir.
-Não amo, você é chato demais pra ser amado.
Eu disse fria, e virei o rosto pra ele.
-Você não me ama?
Ele andou devagarzinho a minha direção.
-Não.
Olhei pra ele e vi lágrimas em seus olhos.
Ele começou a chorar.
Aiin que besteira que eu fiz!
O Théo, meu pequeno estava chorando!
Arg!Que má que eu sou!
-Aiin Théo, não é verdade, eu amo você, amo sim.
Eu o abracei.
-Não ama não!Você me odeia!
Ele chorou.
-Não odeio, é mentira, eu te amo!
Eu o apertei, ele parou de chorar.
-Eu sei.
Ele começou a rir.
Ai!Que raiva! Odeio o Théo, odeio,odeio, odeio!
-Eii!
Eu parei de abraçá-lo para ver sua risada sapeca.
.-Aah!Qual é? Isso é apenas diversão.
Ele riu, não resisti e ri junto com ele.
Ele me devolveu o celular.
-Erm... já que você pensa tanto em diversão, por que não vamos até a casa de Paulynha?
Eu sugeri e vi seu rosto se iluminar em segundos ele já estava na porta
-Vamos, vamos!
Eu ri e fomos juntos até a casa de Paulynha
.


---------------------------------------------------------continua-------------------------------------------------------------
Fui!
By: Eu