quinta-feira, 26 de abril de 2012

Num quarto escuro/ Solidão

Olá meu sem regras. 
Hoje é um post especial dedicado ao meu super amigo Rodrigo Boa Nova.
Ele é poeta e é muito especial pra mim.
Aqui estão dois lindos poemas que ele fez.
Num quarto escuro
Num quarto escuroAlém do alcance da fé em DeusEstão os feridos e despedaçados restos do amor traídoE a inocência de uma criança é comprada e vendidaEm nome dos malditosA ira dos anjos deixou silêncio e frio
Perdoe-me, por favor. pois não sei o que façoComo posso guardar a mágoa que, eu sei, é verdadeira

Me diga quando o beijo do amor vira mentiraQue traz a cicatriz do pecado bem lá no fundoPra esconder o medo de correr até vocêPor Favor, deixe que haja luzNum quarto escuro
E todos momentos preciosos colocados de lado novamenteE o sorriso da madrugadaTraz a lúxuria manchada cantando meu réquiemPosso encarar o dia quando sou torturado em minha crença?E assistir isso cristalizandoEnquanto minha salvação vira pó?
Por que não posso guiar o navio antes dele encontrar a tempestadeEu caio no mar, mas ainda nado em busca da praia

Me diga quando o beijo do amor vira mentiraQue traz a cicatriz do pecado bem lá no fundoPra esconder o medo de correr até vocêPor Favor, deixe que haja luz
Num quarto escuro

Nossa que perfeiiiito não é?
Este aqui é lindíssimo também.
Solidão
Minha dor se encontra na solidãoUm rosto frio e triste atormenta meu coraçãoAumentando a feridaAcabando aos poucos com o resto da minha vidaFazendo de mim o que bem quer
A minha dor está na escuridãoUm beijo molhado e frioA morte à espera de um vadioCorroendo aos poucos meu pobre coração
A minha dor está no coraçãoA ferida aberta na escuridãoO beijo da morte toca meus lábiosÁspero e macioSeco e molhadoMe traz a dor de ser um pobre coitadoAbandonado pelo mundoEsquecido e vagandoTanto que já não posso aguentar
A minha dor é a tua dorMinha doce, e escura, solidão


Mexeu completamente comigo, espero que tenham gostado tanto quando eu. é só.
By: Eu

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Desastre

Olá meus amados sem regras!
Peço-lhe amais uma vez que me perdoem pela demora mas  minha vida sem regras está cheíssima!
Aqui está mais um cáp de nosso livro. ;)


.9 Desastre

Eu estava realmente pensando em não dar corda para isso e sair andado para meu mundinho perfeito de Paulynha.
Mas então eu cai na real. A Meel é MINHA! Nos conhecemos há quatro anos! E eu não podia deixar uma amizadezinha de oito meses roubar meu lugar como BFF (Best Friend Forever – Melhor amiga para sempre)
Eu tinha que lutar para pelo menos a Meel não se esquecer de mim enquanto está com ele.
-Quer saber, vou ficar!
Eu disse determinada e Meel já tinha se vestido. Estava usando um vestido fofo roxo e rosa.
-Ótimo. Vai ser divertido.
Ela repetiu.
Nós fomos para a cozinha comer.

Não se passou muito tempo até a campainha tocar.
Brunno C. havia chegado.
Tentei fazer o possível para não olhar a Meel quando correu para abrir a porta, mas, ela passou por mim e então isso foi inevitável.
O olhar dela era de pura felicidade estava radiante mesmo.
O sorriso se alargou (Se é que isso era possível), ela estava muito, muito, muito, muito, muito contente!
Ela não ficava assim comigo com certeza! Nem com o Bêe.
Não ficou com o Diogo, e duvido que fique com o tal do Leandro.
-Bruuuuu!
Ouvi-a gritar, sem coragem de olhar o Brunno da porta.
-Meeeeeeeeel!
Ouvi a voz masculina e irritantemente sexy da porta.
Não olhe pra porta, não olhe pra porta!
Eu dizia mim mesma.
E não olhei, mas então como se já era de se esperar eles passaram por mim e então vi o Brunno e fiquei boquiaberta.
A imagem que eu tinha dele era de um garoto imaturo, magro, de cabelos caídos e ego grande.
Mas o Brunno que eu vi era completamente diferente.
Sarado, jeito de homem, olhar maduro, cabelos arrepiados e um sorriso de tirar o fôlego.
O modo como ele andava era sexy, o jeito de olhar era sexy, a voz era sexy, o cheiro, o cabelo... tudo!
-Paulynha!Paulynha!
Ouvi a voz da Meel antes dela me sacudir.
Então que eu percebi que estava “babando” fitando o Brunno C. igual a uma menininha quando vê o ídolo internacional!
-Hã. Oi. Sim. O que?
Eu consegui dizer quando me recuperei... um pouco.
Meel riu e então o Brunno riu junto.
Nossa! Não consegui respirar. Como uma risada pode ser sexy? Não sei... mas a dele era.
-Olhe para você Paulynha!Parece um zumbi.
Disse a Meel em meio às risadas.
-Uma bela zumbi eu diria.
Disse o Brunno logo depois.

-Desculpe!Desculpe!
Eu disse assim que consegui desgrudar do Brunno.
Não sei o que me aconteceu. Só que depois dessa frase, eu não precisei de mais nada. Eu simplesmente o agarrei e o beijei.
-Eu sinto muito. Não sei o que me deu!
Eu tentei me explicar.
Então ele riu.
Eu não estava acreditando que isso estava acontecendo.
primeiro: O BRUNNO estava lindo, perfeito, maravilhoso e muito, muito, muito sexy!
Segundo: Eu estou achando isso do BRUNNO.
Terceiro: Eu beijei o BRUNNO;
Quarto: Gostei de beijar o BRUNNO.
Quinto: O BRUNNO estava rindo de mim!
-Há!Há!Há! Eu sabia loira! Eu sabia! Há!Há!
Ele dizia em meio às gargalhadas infantis das qual eu estava acostumada.
-Sabia o que garoto?Aff’z!
Eu gritei sem saber o que falar. Eu estava frustrada.
-(risos) Você sempre teve uma queda por mim! Há!Há! Por isso me odeia!
Ele ria muito.
Eu nem sabia pensar. Por que Meel não está me ajudando?
Será que ela está rindo de mim também?
Aff’z, não tenho coragem de olhar. Não depois do que eu fiz.
-É claro que não seu maluco!
Eu gritei de volta
E ele ria sem parar.
Eu comecei a pensar em meio a minha raiva.
O abajur da sala da Meel não está tão longe.
Se eu for suficientemente rápida, ele não escapará.
Ele está distraído e acho que a Meel está chocada demais para me impedir.
Tudo bem Paulynha. Vamos lá. Um... dois...três!

-Paulynha você ficou louca?
Eu ouvi a Meel gritar, mas já era tarde de mais.
O Brunno estava desacordado, o abajur quebrado e eu sorrindo.
Aquilo foi adrenalina. Acertar o abajur na cabeça de alguém com a força que eu acertei foi fascinantemente excitante.
O silencio durou apenas algumas frações de segundos, mas o modo de como eu consegui esse silencio que valeu a pena.
Eu simplesmente estiquei o corpo e peguei o abajur com uma das mãos, com a mesma e com toda minha força taquei na cabeça do Brunno.
Adorei ver como ele parou de rir sem perceber.
E do modo como ele caiu.
Odiei ter quebrado o abajur, quando a mãe da Meel chegar do trabalho com certeza vai dar falta.
Mas acho que ela vai me perdoar quando souber o motivo.
Aliás, qual foi o motivo mesmo?
-Paulynha! Ele está sagrando!O que você fez?
Gritou a Meel.
Ah! Qual é Meel? Sangrando? Aposto que ele está até fingindo que está desmaiado.
Eu não o acertei tão forte assim. Só forte o suficiente para quebrar um abajur com menos de um quilo.
Eu pensei. Mas nada saiu da minha boca. Por quê?

Ah! Droga! Ele realmente está sangrando! Como? Eu não queria!
Quer dizer... não queria que fosse assim.
Aiin! O que eu faço?
Por que não estou falando?
Ah! Já sei o que é isso! Eu vejo nos filmes o tempo todo.
é quando a pessoa se sente culpada por algo grave que fez, mas então fica paralisada. Com cara de lerda. Tipo não acreditando no que fez.
Acho que nem ouvir ela houve direito.
Sinistro!
Ah! Espere... Por que estou assim?
A culpa nem foi minha. O abajur é que era pesado demais!
Reaja Paulynha! Reaja!
Você o machucou seriamente! A culpa é sua!”
Ah! Mais que droga! E agora me vem essa voz cor de rosa!
Qual é mesmo o nome?
A Meel me falou dela uma vez.
É... É... Consciência! 
-Sua idiota me ouve!
Eu ouvi a Meel gritar de novo.
Epa? Idiota? Ouvi bem?
-Me ajude a colocá-lo no sofá!
Ela gritou novamente e então voltei ao mundo real.
O tapete da casa da Meel estava sujo de sangue, da testa do Brunno que ainda estava desacordado. A Meel estava chorando.
Eu fiquei desesperada. O que foi que eu fiz?
-Sim, sim.
Eu respondi com a voz tremendo e a culpa estampada no rosto.
Segurei-o pelas pernas enquanto a Meel o levantava pelos braços.
Não foi muito difícil colocá-lo no sofá.
-Meel, eu sinto mui...
Eu tentei dizer.
-CALE-A-BOCA! VOCÊ NÃO FAZ NADA QUE PRESTE! TEM NOÇÃO DO ACABOU DE FAZER? É CLARO QUE NÃO MARIA PAULA! VOCÊ NÃO PENSA! POR ISSO QUE ELE TE ODIAVA! VOCÊ É UMA ESTÚPIDA!INUTIL! E.... E...PERIGOSA!
Meel cuspiu as palavras em meio às lágrimas!
Tudo bem o que eu fiz foi super errado.
Mas quem era essa garota que estava gritando comigo?
Com certeza não era a Meel!
Quando dei por mim estava chorando.
Ás palavras me atingiram com força.
 Eu errei.
Eu sei.
Mas ela exagerou.
Eu acho.
-Meel? Eu sinto muito, eu... -eu parei no meio da frase. Aff’z eu sou Maria Paula de Liz Realse Clara! Ninguém pode gritar comigo! Seja qual for meu erro!Quer saber cansei. - AH! SE SOU UMA INUTIL POR QUE SERÁ QUE VOCÊ VIVE TENTANDO SER EU, MELLANY? ANTES DE EU TE CONHECER VOCÊ ERA UMA NINGUÉM! EU TE TRANSFORMEI NO QUE É HOJE!
Eu gritei de volta a raiva tomando o lugar do remorso e da culpa.
-POIS PENSE BEM MARIA PAULA! EU NUNCA TE CONSIDEREI MINHA AMIGA DE VERDADE! VOCÊ É APENAS UMA ESCADA NA QUAL TENHO QUE SUBIR E AGUENTAR NAS COSTAS DE VEZ ENQUANDO!
-MELHOR AINDA POR QUE TER UMA AMIGA COMO VOCÊ É O MESMO QUE PEDIR MEU PIOR INIMIGO DOMIR NA MINHA CASA!
-EU SOU MUITO PIOR DO QUE SEU PIOR INIMIGO! SABE POR QUÊ? POR QUE EU SÓ TE USEI! TEM RAZÃO, SOU O QUE SOU HOJE POR CAUSA DE VOCÊ! MAS FOI SÓ PRA ISSO QUE VOCÊ ME SERVIU! DE ESCADA PRA EU CHEGAR AO TOPO!
-E AINDA TEM CORAGEM DE OLHAR PRA MIM DEPOIS DE TUDO ISSO?
-CASO NÃO TENHA PERCEBIDO VOCÊ ESTÁ NA MINHA CASA!
-É CLARO! COMO PÚDE PENSAR QUE UMA PESSOA COMO VOCÊ ERA MINHA AMIGA? VOCÊ É TÃO INTERESEIRA E GROSSA E NOJENTA...
-QUE ELOGIO VINDO DE UMA PESSOA QUE SÓ PENSA NELA MESMA E FAZ O QUE QUISER DOS OUTROS – A Mellany parou e apontou para o Brunno caído no sofá. - EU TE ODEIO!
-EU ODEIO MAIS!
-IMPOSSIVEL!
-É O QUE VOCÊ PENSA!
Essa foi minha última frase até correr para porta da frente.
Não sei qual dos dois rostos estava mais molhado de lágrimas.
Corri até meu mundi... Até meu quarto.
Deixando atrás de mim uma traíra. A pessoa que mais odeio no mundo.
Mellany Milkinni! 

------------------------------------------------------------continua---------------------------------------------------------E então curtiram? Espero que sim.
Querem manter contato fora do blog?
Dicas, críticas e ideias são super bem vindas.
http://www.facebook.com/ViviiLautner

meu face é esse. adc
By: eu




quinta-feira, 12 de abril de 2012

Escolaaaaaaaaa

Ooiii meus queridinhos sem regras!!
Com estão? Hoje infelizmente não poderei postar mais um cáp. do nosso belíssimo livro.
Bem, estou na escola na minha "aula livre" de informática e resolvi dar um pequenino "OI"
então : OI
Estava com saudades de vocês meus rebeldes românticos.
E dizer esse post a meu best da escola Matheus Domingues.
Aliás, creio que você irão conhecer a personalidade dele por um personagem do livro -risos-
Mas ele ainda não entrou na história...assim que entrar eu digo a vocês
Desejo a todos uma ótima semana .
By: Eu

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Troca

Olá meus sem regras.
Ultimamente tenho tido um certo desanimo para poder escrever.
Mas ainda bem que isso passou.
Mas um cáp do livro pra vocês ;)
Maria Paula
.8 Troca


Assim que entrei na casa da Meel, vi alguns fios grossos e verdes escuros no chão do corredor perto do banheiro.
-Isso é... grama?
Perguntei olhando-a com a expressão confusa.
-Huum... Sim. – Ela bocejou – Isso foi ontem – Continuou – Longa história.
-Longa madrugada também, suponho. Você está com uma cara péssima Meel.
Sentei-me no sofá e joguei minha bolsa de maquiagem no outro.
-Como eu lhe disse: ”Longa história.”
Ela se sentou no outro sofá ao lado da minha bolsa de maquiagem.
- O que é isso?
Perguntou sonolenta.
-Oh! Sim, maquiagem nova!
Eu disse sorrindo.
-Huum
Disse entusiasmo.
Não!Para o mundo que eu quero descer! Estou rosa chiclete (não que isso seja ruim) Meel gosta de maquiagem mais do que eu! E isso é muito, muito, muito difícil. Em geral ela agarraria a bolsa e veria tudo o que tem dentro e depois usaria um item de cada vez, o que ela mais gostasse me roubaria (fazendo um biquinho irresistível e implorando de maneira inegável para eu dar para ela). Esperava tudo menos um simples “Huum”.
Fiquei pasma!
- Quem é você? O que fez com a Meel?
Perguntei assustada. Será que a profecia daqueles caras loucos das cidades grandes dos EUA estava se realizando? O mundo sendo invadido por alienígenas? Nãããããão!
-Pare Paulynha. Só estou sono.
Ela disse e tombou a cabeça para o lado.
Ataah! Sono? Meel jamais permitiria que sono a impedisse de gritar e me “roubar” maquiagem.
- Por favor, senhora alienígena, traga minha amiga de volta! – Implorei – Vamos ser devotas a vocês quando invadirem por completo o nosso planeta. Disse começando a chorar.
-Aah! Paulynha está louca?
A alienígena despertou.
-Prefere Senhora ET?
Perguntei.
-Não! Arg! Sou eu Meel!
Ela gritou.
“Arg”? Só podia ser a Meel.
-Ufa! Que susto Meel!
Eu disse secando as lágrimas 
-Como você pode ser tão... tão...Paulynha!Arg!
Ela resmungou.
Huum... não entendi, mas deixa pra lá.
-Aconteceu algo não é?
Perguntei, depois de alguns segundos.
-Não quero falar sobre isso.
Ela disse e afundou o rosto na almofada.
-Tudo bem. – Disse indiferente. – Oque aconteceu? – Perguntei meio segundo depois.

-Bem. – Ela começou e levantou o rosto para mim. – Eu vi... o...o...Diogo.
O modo em como ela pronunciou esse nome me deu medo. E eu gritei.
-AAAAAAAAAAAAAAAAH!
-Não exagere Paulynha! Não foi você quem o viu. - Ela disse e depois sua expressão ficou triste e com um suspiro ela continuou – Não foi você quem viu o olhar dele e o jeito como falou comigo. Ele foi horrível.
Eu sinceramente não entendi por que ela estava assim, faz tempo que eles terminaram. Ela nunca mais falou dele.
-Mas Meel... O que é que tem? O que é que tem se você o viu, o que isso tem de tão mau?
-É isso que está me deixando mal Paulynha! Eu não devia estar ligando pra isso! – Ela se levantou. – Mas, eu estou me importando... por que...
Ela não falou mais.
-Por quê?
Eu estava curiosa.
-Por que. – Ela suspirou lentamente – ainda o amo – sussurrou.
Eu não sabia o que fazer. Certamente era para eu acalmá-la, dar conselhos, coisas que ela faria comigo. Mas não é esse o meu papel, esse é papel dela! Ela é a equilibrada. Eu sou boba e imatura! Ela cuida de mim e me dá conselhos! Eu os recebo, levo tudo ao pé da letra e quando dá errado ela vem de novo e me dá conselhos.... é esse o ciclo! Por que tem que ficar ao contrario agora? Aff’z! Isso é tão injusto! Eu não tenho idéia do que falar!
-Meel, não pode amá-lo... quero dizer, isso não é certo,não é...racional! Pelo menos pra você! Quero dizer... hã...você tem a cabeça no lugar,não pode amar quem te magoou e quem você fez sofrer. A história de vocês acabou e era para você esquecê-lo! Esse é o certo.
 Eu juro juradinho que esse foi o melhor que pude fazer.
Quando olhei novamente para a Meel e ela estava com lágrimas nos olhos.
Nããããããããããããããão! O que eu faço? O que eu faço? Jogo água gelada nela? Dou choque? Assopro o ouvido?
Estava desesperada, eu nunca em na minha vida tinha visto Mellany Milkinni chorar por causa de um garoto!
Um abraço? Hum. Parece uma boa idéia me deixaeu tentar.
Antes que eu pudesse me mover um milímetro se quer Meel falou:
-Eu sou uma idiota... ainda o amo e ele nem liga pra mim, sei disso por que, ele está namorando e...nem como amiga me vê mais.
 As lágrimas escorriam sob o rosto bonito, os olhos verdes encharcados revelavam que ainda tinham muito choro pela frente. Agora não me importava se estava pronta para assumir o lugar da responsável ou não. Eu não estava mais assustada com o fato de eu não ter experiência nenhuma em dar conselhos. Não ligava mais para ter que ver  a Meel chorando por causa de garotos.
Eu apenas queria ajudar minha amiga, e era isso que eu ia fazer!
-Conte-me exatamente o que ouve Meel.
Pedi.
Ela me narrou tudo. Contou-me cada sentimento na hora. Cada pensamento. Cada olhar gelado dele, cada aperto no peito dela. Exatamente tudo. Até a parte em que se virou rapidamente e correu para esconder o choro.
-Aah! – Disse surpresa interrompendo-a sem querer, agora havia entendido o porquê da grama perto do banheiro.
-Bem... – Ela continuou ignorando minha interrupção. - Mas então eu tive o sonho.
Ela me narrou o sonho estranho e no inicio mais parecido com um pesadelo e depois apareceu “ele” como ela o chama. Eu não o conheço, Leandro, não estive na balada com a Meel quando se conheceram, nem nas outras vezes que se encontraram.
- É essa a resposta Paulynha, é ele! O meu Le! – Disse Meel depois de contar-me o sonho – Preciso vê-lo novamente Paulynha. Se não eu... eu...nunca vou esquecer o Wayne!
 Oh, my Good! Isso está bem melhor do que novela! Eu queria dizer para ela ir em frente com essa idéia, tentar fazer o possível para esquecer o Diogo e tal mais o único som foi “hurgr” da minha barriga roncando.
Assim que Meel começou a rir de mim, soube que meu trabalho de ser conselheira havia acabado.
Até que não é tão difícil ser Meel.
Pensei.
Antes de me lembrar que não tinha dito nada de útil e que a Meel só precisava falar e não ouvir.
-Vou tomar um banho e me arrumar. Vamos sair.
Disse ela.
-Aonde vamos?
Perguntei, eu estava com fome!
-Comer.
Respondeu de imediato.
-Oba!
Vibrei.
-Vai demorar um pouco.
Ela disse rindo.
-Ah!
Desmoronei.
-Vai valer à pena. Prometo.
-Pare de mistério! Aonde vamos?
-Ver o Nick!
Ela disse observando minha reação.
Abri um sorriso e enorme e gritei:
-“ EBAAAAAAAAAAAAA!!!”
Meel riu.

Nicollas Rodrigues um dos irmãos da Meel, também era meu melhor amigo.
O Nicollas me ama muito (Aliás, quem não me ama?), e eu sou louca por ele.
Cheguei a ter ciúme dele com a Meel. Sendo que ELA é a irmã.
Mas isso não importa. Eu sou a irmã do Nicollas de coração.
Isso é o importante.
Estava pensando nisso quando o celular da Meel tocou. A musiquinha chata “Amanhecer no teu olhar”.
Ela não tem só esse toque no celular. Mas essa musica, ela diz que classificou apenas para pessoas “especiais”
-Meel, seu celular está tocando.
Gritei.
-Atenda pra mim e diga que estou no banho.
Ela gritou de volta, o grito saiu meio abafado do banheiro.
 Peguei o celular sobre a mesinha colorida do abajur.
“Brunno C. Chamando.”
Aff’z era o idiota do Brunno Cullen!
- Alô?
-Meel?
-Não, seu idiota! É Paulynha.
-Ataah! A loira falsa.
-Aah seu ridículo...
-Onde está a Meel?
-No banho!
-Banho?...Hum... OK...Ela vai demorar muito?
-Espero que sim.
-Então estou indo pra i.
-Não!
-Não quer que eu vá, loirinha burra?
-Lógico que não! Mas não é só por isso.
-Por que então, está com medo de se encantar com minha beleza?
-Aff’z, me poupe Brunno. Eu e a Meel iremos sair.
-Não importa. Pode ter certeza de que se você falar que estou indo ela desiste de tudo para me esperar.
-E se eu não falar.
-Você não faria isso.
-Quer apostar?
- Olhe aqui sua loira...
-Bem eu vou desligar já que não temos nada o que falar um com o outro.
-Espere...

Desliguei o celular com um sorriso de satisfação no rosto.
Eu odeio esse tal de Brunno. Quando a Meel está com ele, se esquece totalmente de mim!
Ok. Eu até entendo que Brunno Cullen seja uma pessoa legal para os que gostam dele. Mas quando disse que ela se esquece mim, não é exagero.
 Uma vez eu e Meel estávamos no park e encontramos o Brunno.
Eles começaram a falar as besteiras de sempre e quando dei por mim eles estavam do outro lado do park, na montanha russa enquanto eu ainda esperava na fila do carrossel!
Eu era a mais alta de lá, não sei por que.
O fato é que fui embora sozinha, e no dia seguinte a Meel ainda teve a cara-de-pau de me “contar” que foi ao park e encontrou o Brunno.
Ela esqueceu que eu estava junto com ela!
Odeio o Brunno Cullen.

Enquanto eu lembrava isso Meel saiu do banheiro.
-Quem era?
Ela me perguntou.
-Erm... era...era...
O que eu digo o que eu digo?
Eu estava tentando inventar uma boa mentira até que o celular tocou de novo.
Ela o pegou antes mesmo de eu pensar nisso.
Assim que ela viu o nome do Cullen seu rosto se iluminou em um sorriso radiante.
Aposto que ela nunca fica assim quando eu ligo para ela! Meel colocou no viva-voz antes de atender.
-A...
-Escute aqui sua loira idiota. A Meel é MINHA melhor amiga e com certeza ela me ama MUITO mais do que VOCÊ!
-Brunno?
-Ah! Meel?
-Sim... erm...(risos) o que ouve entre você e a Paulynha?
-Ah! Nada com que você precise se preocupar Meel.
-Hum. Bem como você está?
-Nada bem.
-Por quê?
-Preciso falar com você. Tem tempo pra me ouvir?
-Claro! Pra você eu SEMPRE tenho tempo.
-Ótimo. Estou indo pra i.
-OK beijos.

Olhei para cara sorridente da Meel antes de falar.
-E o Nicollas?
-Ele pode esperar. Podemos comer aqui em casa mesmo.
Ela disse sem desmanchar o sorriso lindo que estava em seu rosto.
Eu não posso discutir com ela quando está em transe. E ela sempre fica em transe quando está com o Brunno. Eu conheço a Meel há MUITO mais tempo que ele e mesmo assim, com ele, ela fica radiante como nunca ficou nem quando estava apaixonada pelo Diogo Wayne.
Desse jeito está faltando muito pouco para ela acrescentar “Cullen” no nome!
Aff’z, ou como diria a própria Meel, Arg!
-Meel, eu já vou indo ta bem?
Eu disse seguindo-a pelo quarto enquanto ela tentava escolher uma roupa.
-Por que Paulynha?Fica, vai ser divertido. Vamos comer enquanto esperamos ele.
Ela tentou demonstrar o máximo de decepção possível. Mas, mesmo pra ela que é uma atriz incrível, deu para transparecer que não se importava se eu ficasse ou fosse. A única coisa que importava era o Brunno.
Ela está exatamente do mesmo jeito que eu fico com o Bêe.
A única diferença é que o amor dela pelo Brunno é de “irmãos”, Já o meu pelo Bêe...

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 Bem espero que estejam gostando do livro meus dark's -risos-
logo eu postarei aqui mais um cáp.
By: EU