quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Poema


 Maçante Fraqueza


Eu já me sinto acostumada com a dor.
 A dor de ser fraca.
Meu mal é sentir as coisas muito intensamente.
E eu só sinto dor, uma dor aguda somente direcionada ao meu único ponto incurável.
Eu quero morrer.
Sendo ouvinte de desgraças não intencionadas, sendo alvo de um ódio que aparece sem pedir permissão.
 Minha inutilidade fere minha mesma.
Fazendo a raiva me consumir aos poucos.
Tendo minhas feridas como fortaleza.
Se alojando nas minhas mágoas.
Se alimentando da minha angústia
Deflorando pouco a pouco o cadáver do que já foi meu espírito, agora é somente  decepção.
 Tendo vontade de me enterrar na parte mais escura e quente da minha alma.
Ouvindo somente as minhas batidas cardíacas, mas até estas se lamentam de sufocação.
 As lágrimas? Essas parecem infinitas, tendo em meu rosto seu caminho já traçado profundamente.
Eu não aguento mais, essa sensação de fraqueza me dilacera... mas apesar de tudo, não é uma nova sensação.
Eu já me sinto acostumada com a dor.

                                                                                                  Viviane Lucia Nonato

terça-feira, 22 de julho de 2014

Desculpe!

Olá meus queridos sem-regras! Eu ando um pouco longe do blog ultimamente e consequentemente o conto "Palavras,pensamentos e promessas" está atrasado, mas isso vai mudar assim que possível, pois o blog está precisando que umas melhorias e enquanto isso não acontece eu estou deixando pra você uma outra forma de continuarem lendo o conto, eu estou publicando-o aqui



 http://socialspirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-originais-palavras-pensamentos-e-promessas-1895745



Está bem adiantado e eu coloco um novo cáp toda semana, espero voltar a postar no blog logo, até já.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Memórias

Olá meus queridos! quanto tempo!!! -risos- vou tentar postar com mais frequência agora que meu note ficou bom, bem eu estou escrevendo esse novo conto, eu planejo que ele curto mas acho que não vou conseguir, as ideias estão fluindo de tal forma que se der tudo certo deve ter um 20 cáp. Enfim aí vai o primeiro cáp.

Palavras,pensamentos e promessas.

Cáp. 1

-Versão Charlotte-


É uma sensação terrível, a impotência, como se nada que você fizer vai fazer diferença. Pelo que eu entendi sofri um acidente à algumas semanas e estamos em agosto de 2013. Inútil, essa é uma boa definição pra mim. A ultima coisa que eu me lembro  é de ter 14 anos e estar com o meu namorado Stuart. Bem, segundo minha mãe agora  ex  namorado. Quem terminou? E por que não me sinto nem um pouco triste com essa noticia? São perguntas fúteis, e acredito que ninguém vai me responder.
-Feliz Aniversario!     
Disse minha mãe, meu padrasto, Isabel minha melhor amiga e um garoto que eu não conhecia, será o novo namorado dela? Bem, pelo menos é bem mais bonito que o Leonard.
- Oi gente...
Minha voz está estranha, pelo menos está bem melhor que semana passada.
- Cuidado... !
Disse o menino ao lado de Isabel assim que eu tentei me levantar um pouco, ele havia dado um passo com o olhar preocupado, mas logo se deteve e cautelosamente regressou.
- N-não vá se esforçar demais.
Disse ele com a voz baixa, parecia ter medo de me assustar.
- Quem é você?
Não sei porque mas acho que daria tudo pra não feito essa pergunta, ele fechou os olhos com força e comprimiu os lábios, foi então que chocada vi a gota brilhante percorrer sobre sua face.
Eu quero abraça-lo ! Mas antes que eu sequer pudesse pensar em dizer algo ele saiu do quarto.
- Não se preocupe querida, vocês conversarão mais tarde, ele sentiu falta e ficou emocionado.
- Quem é ele mãe?
-... um amigo muito próximo seu.

-Versão Zeth-


Coração acelerado, o rosto levemente corado, lagrimas escorrendo pelo meu rosto. As paredes brancas daquele grande corredor me davam a sensação de vazio. Eu corria, corria tendo a esperança daquilo tudo ser apenas um pesadelo que logo terminaria. As luzes do corredor do hospital ofuscam meus olhos encharcados.
- Eu quero morrer, definitivamente eu quero morrer.
Pensei.
- Ei Zeth!
Ouço uma voz me chamando, creio que seja do Patrick.
Eu realmente não estou com paciência para suportar as infantilidades e frieza do Patrick, só falo com ele pelo fato de ser o melhor amigo da Lotte.
- Ei ! Eu soube do que aconteceu, ela realmente se esqueceu de você?
Fiquei em silencio.
- Posso imaginar como você se sente, deve ser difícil “perder” alguém que você goste tanto.
Ele insistiu na conversa.
- EU NÃO A PERDI !
Falei alto demais ecoando por todo o corredor.
- Tá bom, não precisa se irritar.
- Eu não realmente não estou com saco para te aturar Patrick, me deixe em paz.
- Sei que você nunca foi com a minha cara, mas eu goste de você, diferente do outro você a faz feliz. Vou fazer tudo que posso para que ela se lembre.
Eu tive vontade de dizer “Eu não preciso da sua ajuda”, mas algo que vinha do fundo do meu coração me impediu, a culpa, aquelas memórias se repetiam inúmeras vezes na minha cabeça. Se Deus existe ele está me punindo pelo meu erro, pelo meu pecado. Eu mereço isso, afinal o que eu fiz não tem perdão.



domingo, 4 de maio de 2014

Palavras, pensamentos e promessas

 Há muito tempo não posto nada não é meus queridos? Pois bem, agora eu tenho um novo trabalho para postar para vocês. Um romance dessa vez... apimentado -risos- Espero que gostem. Hoje só uma palinha.


 Palavras, pensamentos e promessas.




Prólogo

-Ela não consegue se lembrar de nada do acidente, na verdade as memórias estão misturadas.
-Como assim doutor?
-Digamos que a parte do cérebro onde ficam guardadas as memórias foi danificada. Ela pode ficar confusa com alguns acontecimentos em um período de tempo.
-Q-que período?
-Eu estimulo aproximadamente...dez meses.
-Dez?!
Exclamou Zeth que até então tinha ficado em silêncio tentando absorver o choque.
-Acalme-se Zeth.
Alertou a mãe de Charlotte.
-Acalmar-me ? Como? Ela me conhece a sete meses! Estamos namorando a cinco! Ela não vai se lembrar de mim! Como quer que eu me acalme? Como a senhora pode estar tão calma?
-Então é isso o que acha? Que eu estou calma?
Dona Dulce finalmente levantou a cabeça para encará-lo. Zeth desejou de todo coração que não tivesse feito.
O rosto era o retrato da dor e os olhos vermelhos e brilhantes com as olheiras profundas e escuras, os lábios trêmulos  com um fraco sorriso inexpressivo.         
- Por favor, senhor, seria melhor que se retirasse.
Disse o médico.
Zeth saiu da sala com o coração pesado de culpa “Se eu não tivesse tivesse feito aquilo, nada disso teria acontecido. Eu sou o pior.”





  E então? Espero que gostem do que vem por ai.
Beijos obscuros.
By:Eu
 

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Alexandra

Alexandra

Os segredos do mar.

Final






-Taylor...
ela sussurrou sorrindo.
- Você está bem? O que foi fazer dentro d’água?
Perguntava Taylor de modo frenético tentando ajudá-la a se levantar, Alexandra moveu-se um pouco, mas o suficiente para deixar os pequenos seios a mostra.
-V-v-v-você e-está nua?! Por que? Céus você é tão linda!
 Taylor estava a ponto de perder a cabeça e se inclinou para beijá-la.
-Taylor como chegou aqui ?
-Eu..eu...Droga Alexandra! Vista alguma coisa!
Taylor virou-se usando seu  auto-controle para ficar de costas para ela e começou a falar:
-Eu estava no mesmo ônibus que você! Você nem mesmo me notou! Estava tão distraída...parecia estar fazendo algo errado...bem...como...como não me ligou nem nada, afinal eu estava no hospital, fiquei um pouco gripado por causa de ontem mas...bem você nem mesmo se preocupou então quando a vi pegando o ônibus de modo tão suspeito pensei que...achei que poderia estar... me tra... in-indo se encontrar com alguém! Mas, acabei me perdendo de você na floresta e só a encontrei por causa do grito ensurdecedor que você deu.
 Alexandra agarrou-o por trás abraçando suas costas.
-Eu nunca trairia você Taylor. Eu te amo.
Tarde demais, Taylor perdeu o juízo... A voz doce e  melodiosa de Alexandra, o hálito quente em seu ouvido a pele macia de seus braços envolvendo-lhe o pescoço... e os seios tão quentes e macios... Céus! Ela estava nua bem atrás dele! Que se foda o auto-controle, as perguntas, as dúvidas...
 Taylor a agarrou girando-os de forma que ele ficasse em cima dela.
-Taylor...espe..
Os protestos de Alexandra foram interrompidos por um beijo caloroso e faminto. Taylor sabia que era a primeira vez deles e que deveria estar sendo gentil e carinhoso, mas não conseguia, Alexandra o hipnotizou de forma que seu único pensamento era estar dentro dela agora mesmo. Mas, Alexandra resistia...resistia muito.
-Por favor..Alexandra...
Ele suplicou.
-Mas Taylor...eu sou vir..
-Eu sei, eu sei. Droga! Eu queria fazer isso de outra maneira, mas eu não consigo.
E a beijou de novo, lambeu seu queixo e bochechas.
-Taylor..para..
-Não consigo!
Ele falou alto.
Beijou-a novamente e como antes ela não retribuiu, mas parou de empurrá-lo.
Taylor a beijou durante muito tempo a deixando sem ar e só parou para beijar o colo e passar a língua em seu pescoço.
-Você gosta disso?
Perguntou ele quando a ouviu gemer baixo, mas não obteve resposta o que deixou dividido entre duas sensações distintas, a primeira era ceder aos desejos dela e lutar contra si mesmo para parar com isso e deixar para uma ocasião em que não estivesse alucinado, mas a outra, e a mais forte até então, era ceder aos próprios desejos e fazê-la gostar dando-lhe o máximo de prazer que seu controle poderia. .. Taylor começou a tirar a roupa. Podia ouvir os batimentos de Alexandra  altos e martelantes. Ela não resistia mais, porém não queria aquilo e ele sabia..
-Ái!
Algo cai da cabeça de Alexandra, algo pesado e gelado.
-Taylor isso é seu?
Já sem o casaco e a camisa Taylor estava prestes a tocar-lhe  seio com a língua.
-Isso o que?
-Taylor...um...revolver? É um revolver!
Alexandra antes com o corpo quase inerte o empurrou ferozmente
-Droga!Droga!Droga!
Taylor xingou  odiando-se por sua burrice.
-Taylor David Laurence me explique o que é isso agora mesmo!
Céus! Ela fica ainda mais sexy nervosa
-Alexandra por favor...não consigo me concentrar.
Disse ele se aproximando novamente.
-Ótimo! – Ela bufou – Se é assim que você quer nossa primeira vez vá em frente não irei te impedir... mas essa será a pior experiência da minha vida.
-Mas Alexandra eu..
-Agora, se me explicar o que um revolver estava fazendo no seu casaco...eu...eu faço com você.
Taylor pensou por dois segundos e virou-se de costas para ela novamente murmurando algo como “Mas que inferno...”
-Eu menti ok? Não te encontrei no ônibus por acaso , eu estava te seguindo! Estava seguindo você com a arma que roubei do meu pai...
- O que? Por que? V-você queria me...
-Não! Não! Eu nunca machucaria você!
 Taylor suspirou pesadamente e recomeçou a falar com a voz mais baixa:
- Ontem depois que saímos da praia eu encontrei a Sofia , ela estava bastante bêbada então a levei para casa, então ela disse :” Abra o olho com a Alexandra” , é claro que eu achei insano, mas a imagem de você com outro cara me deixou louco! Seus lábios, sua pele, seu corpo... são meus! ... Alexandra é doentio o que eu sinto por você. Então roubei a arma do meu pai... se algum cara tentasse tocá-la eu... não sei do que seria capaz e fazer . Alexandra tem noção do quanto é provocante? Ainda mais agora, droga! Nem posso vê-la, mas seu cheiro e o calor da sua pele me deixam...por favor Alexandra ... Não aguento mais...
Taylor virou-se receoso, o que ela estaria pensando dele agora.
-Taylor... eu nunca trairia você.
  Dessa vez ela o beijou. “tenho que ir devagar...tenho que ir devagar” ele falava a si mesmo, mas quando sentiu os seios dela tocarem seu peito...que se foda a calma. E Alexandra não pensou em mais nada.

  Os olhos estavam marejados, as cutículas vermelhas e ruídas, os lábios tremendo e os dentes sujos com sangue, a língua ardia mas não tanto quanto sua alma. Nas mãos tufos do couro cabeludo dele perfeitamente lavado pela água do mar. O coração parecia ter começado a bater naquele instante e lentamente o animal piscou, os dedos apertaram a carne fria, os dentes batiam um no outro e o coração agora mais rápido, revelava a verdade em cada batida.
 Eu –tum – Devorei – Tum – o garoto –tum – que eu amo –tu –tum –tum

 O grito ecoou pela relva, estremecendo os grandes predadores e espantando os pássaros do grande orvalho de folhas secas.
  Eu não quero ser um monstro!
  Eu não quero ser igual a minha mãe!
 Alexandra tremia, tudo havia mudado em um dia, agora ela sabia da sua mãe, sua avó e...dela? Não!Não! Não teria o mesmo destino.
 Ainda lembrava-se dos beijos descontrolados , porem gentis de Taylor e logo em seguida de seus gritos e olhar de horror.
-Taylor...eu sinto tanto...
 Ela olha para o cadáver desfigurado na beira da praia .
Só tem um jeito de acabar com isso, pensou.
Colocou o revolver na boca, um lágrima pesada e quase negra carregada de dor, ódio, amargura e culpa escorreu sobre a face perfeita e odiável, puxou o gatilho.


  Obrigada a todos que acompanharam o meu conto e me deram força para continuá-lo. Um beijo e até o próximo trabalho.

sábado, 8 de março de 2014

Alexandra.


Alexandra

Os segredos do mar.

Cáp 6






Alexandra, não dormiu.
 As memórias daquela noite sombria eram confusas e turbulentas e as duvidas só cresciam, quando percebeu já eram 6:00 horas e o sol raiava, era complicado ser ruiva quando se mora em uma ilha com 287 dias ensolarados, protetor solar e bonés nem sempre eram de muita ajuda, mas hoje, pela primeira vez Alexandra não se incomodou com isso, não se incomodou com nada, no café da manhã mas escutou o que seus avós diziam, o que , é claro, deixou Anges preocupada.
 Taylor não fora a escola naquela manhã, mas ela também não se importou com isso. O que eram aquelas lembranças...eram realmente reais? Por que? O que era aquela coisa  que se dizia ser sua mãe? Estava realmente respirando debaixo d'água, quer dizer isso é impossível, maluquice ! Estava delirando, sim estava...mas por que as vozes vindas das ondas ontem a noite? Por que queriam que ela fosse para o tão temido outro lado da ilha...aliás por que esse lado era assim tão temido? Alexandra ouvira falar que ele foi local de um assassinato mas, sua avó lhe garantiu que eram apenas boatos bobos..e mesmo assim nunca a deixara ir para lá, mas também nunca havia motivos para ela ir...até hoje. Suas dúvidas, seus sonhos, seu delírios... ela queria respostas.. e esse era o único jeito de consegui-las.
 No meio da tarde, ainda sem receber qualquer notícia de Taylor, Alexandra juntou toda a coragem que tinha e resolveu dar um fim no tormento, calçou o tênis, e antes que sua avó tivesse tempo de perguntar qualquer coisa, disse que iria sair com Taylor e passou pela porta apressadamente, Alexandra odiava fazer tal coisa, mas sua avó jamais permitiria que ela fosse para lá. O ônibus só deixava na entrada da floresta,Alexandra poderia dar a volta, mas sem um carro levaria horas, então resolveu atravessá-la, como faria isso? Não importava , nada mais importava. " Eu sinto muito vovó ".
 Uma hora havia se passado, o sol estava se pondo, Alexandra sentia sede e medo, agora a cada passo que dava, se sentia mais e mais tola,  pensar que conseguiria atravessar aquele floresta desse jeito, ela pensou estar andando em linha reta até passar pela mesma pedra verde pela terceira vez. Nunca estivera ali e agora estava perdida, tudo isso para ir atrás de seus delírios  insanos e sonhos loucos. "Vovó, o que eu faço agora."
 Alexandra tinha caído algumas vezes e seu joelho direito estava sangrando, isso sem falar sobre os 300 calombos em seus baços, culpa dos mosquitos gigantes da floresta, tinha começado a esfriar. Agora toda sua determinação inicial não fazia sentido, o por que de estar ali não fazia sentido, mentiu para sua avó e não sabia de Taylor desde a noite anterior, o que havia acontecido com ela? estava exausta e a ponto de chorar, quando finalmente ouviu o bater das ondas. Seu coração acelerou, e ela apressou os passos, estava bem mais escuro agora e seu medo aumentou, mas agora ao menos ela tinha motivação para continuar...aguente , aguente, estou chegando, vamos aguente mais um pouco...
repetia para si mesma.
As ondas cada vez mais altas, agora ela corria, os galhos das árvores começaram a balançar, e um vento forte soprou. ela correu até que caiu, e sentiu a areia.
 O cabelo desgrenhado e sujo, o joelho ardendo e a sede ainda mais forte, não foram empecilhos para que ela se levantasse finalmente perceber que havia chegado, estava bem mais escuro agora, e dava para ver claramente o por do sol em seus últimos raios... e agora? Alexandra olhou em volta, não vira nenhum motivo para as pessoas não irem até ali, era tão normal, quanto o lado habitado, árvores, areia, mar... nada incomum.
 Alexandra andou alguns passo para frente, atenta aos sons das ondas, e não demorou muito, aliás não demorou nada.
Alexandra...
Ela parou...o coração batia rápido.
Venha minha pequena...
A voz era melodiosa e sedutora, nunca havia notado o quão bonita era... e agora era impossível não atender aquele pedido, lentamente Alexandra tirou suas roupas, não havia ninguém ali mesmo. Os sussurros não sessaram até ela finalmente tocar a ponta dos dedos na água e sua respiração parar, sentido agora ser puxada por  espinhos grandes e grossos, até que começou a sentir as dores da transformação, as pernas se entortando, os ossos quebrando, poros se dividindo em escamas pesadas, a coisa a puxava rápido, cada vez mais longe, cada vez mais fundo, a água salgada entrava em seu nariz e ela não tinha como gritar..desmaiou.
Fraca como a mãe.
Não diga isso, Melissa foi mais fácil de ser pega
.É claro, Melissa não teve o que essa  ai teve, aliás nenhuma de nós tivemos.
Isso é verdade, ela pode ser um problema.
Caladas! ela está acordando.
Alexandra abriu os olhos, diante das quatro figuras sombrias, eram verdes musgo e pretas, os olhos de fogo, tinha dentre afiados como agulhas e não tinhas lábios, os , talvez seios eram pequenas ondulações dobre a costela exposta, os braços longos e absurdamente finos, tinham mão de dedos longos como galhos afiados como garras, e então uma grande calda verde de peixa, com escamas quase decadentes.
Alexandra até então paralisada, moveu-se ao ouvir as risadas infantis mais aterrorizadoras.
Alexandra...As figuras monstruosas se moveram rapidamente ao redor dela.Não, fique chocada criança, não somos tão diferentes fora d'água.
Pobrezinha...tem tantas dúvidas
Perguntas..
Curiosidade..
As vozes vinha de lugares diferentes,
Alexandra estava assustada queria gritar, mas como faria isso dentro d'água? Aliás...como ela estava...não ela não estava...sim! ela estava...respirando?!
-Dentro d'água?
Alexandra chocou-se ao ouvir a própria voz, tão nítida, tão bonita, tão diferente do usual...o que estava acontecendo?
Acalme-se pequena criança.
Não faremos mal a você.
É bom que possa falar, assim poderemos mostrar a você
-
Me mostrar o que?
A história.
Responderemos suas perguntas Alexandra
As risadas infantis vindas dos vultos estranhos recomeçaram até Alexandra sentir seus olhos senso perfurado pelos "dedos-espinho" de uma delas... e as imagens começaram a ser projetadas em seu cérebro.   "Outubro 1825, Madalena Rosale, condenada de bruxaria é espancada e torturada, lançada ao mar ainda viva, com seu corpo afundando ela fez uma pacto com o monstro de mar, cujo nome é desconhecido. Oferecendo a ele sua alma e de seus descendentes em troca de vingança e vida eterna. Aceitando a oferta o monstro lhe deu condições para que todas as descendentes seriam mulheres e penas sobreviveriam aquelas que se alimentassem de carne humana. Décadas depois, quando esse lado da ilha ainda era habitado, uma belíssima mulher foi resgatada da água, dizendo chamar-se Victória e ser vítima de um naufrágio foi acolhida na igreja, não demorou muito até ela se casar com Andrew Musley  e conceber uma filha, mas sua gravidez durou apenas três meses, muitos acharam um milagre a pequena Sara Musley ter nascido uma criança perfeita, chamaram-na de pequena santa, quando a pequena santa completou 4 anos, Victória desapareceu misteriosamente, e partir dai ouve muitos assassinatos e mutilações, com medo muito habitantes saíram da ilha, a pequena santa casou-se com o filho de um nobre, Stevan Josh , e pouco tempo depois estava grávida, e mais uma vez com apenas três meses de gestação a criança nasceu perfeita, dessa vez poucos da cidade acreditavam que aquilo era um milagre, parecia mais uma maldição...Joana Josh completou 4 anos e sua mãe desapareceu , e os assassinatos e mutilações retornaram, a Ilha era amaldiçoada , muitos acreditavam e mais uma vez a ilha teve grande parte dos habitantes fugindo com medo. A história se repetiu por muitos e muitos anos, até chegar em Mercedes 1959, aquele lado da ilha estava com pouco  mais de 23 habitantes, Mercedes casou-se com Jared Tonano, e assim como as outras, ficou grávida de uma menina que nasceu 3 meses depois, Melissa, uma pequena menininha muda. Os habitantes aquela altura já haviam ido embora, as história contadas pelos seu avós e avós deles, estava prestes a se repetir. Quando Melissa completou 4 anos Mercedes sumiu, mas agora só havia um lado da ilha habitado e lá a maldição não atingira...Melissa teve o destino diferente de todas, apenas viveu para conceber uma criança, e com ela não poderia estar os 4 anos permitidos, pois não havia motivos para aquela criança continuar viva, a criança foi abandonada na praia e todas esperavam que ela morresse...mas..." Alexandra voltou a realidade, ouvindo as risadas infantis.
 As 4 sereias que estavam a sua frente eram facilmente reconhecíveis pois agora estavam e suas formas quase humanas, a não ser pelas caudas.
Madalena Rosale ou Victória Musley (como preferir), Sarah Musley, Joana Josh e ...e ...M-melissa Tonano!As risadas novamente, e elas voltaram a suas formas monstruosas, e sumiram deixando seus vultos correndo ao redor de Alexandra, agora ela respirava com dificuldade e faltava pouco para ela se afogar
Bata a cauda.E foi então que ela percebeu  que o bebê na praia, era ela, Melissa Tonano era sua mãe e agora ela seria um monstro.
 NÃO! Ela nadou, nadou rápido e forte, antes de se afogar , estava longe da superfície, muito longe, mas finalmente sentiu a areia. e quando seu corpo saiu da água, a dor aguda de suas pernas voltando ao normal e sua pela coçando sobrenaturalmente a fizeram gritar e desmaiar.
-Alexandra! Alexandra! Acorde!
Ela ouviu a voz que tanto amava, e lentamente abriu os olhos, Ali estava Taylor.




terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Alexandra.

Desculpem a demora. Mas é culpa das férias, me deixaram lenta -risos-


 Alexandra

Os segredos do mar

Cáp. 5


 Alexandra e Taylor estavam namorando a um mês. O relacionamento fluiu de tal forma , que Anges não tinha como negar, não que quisesse fazer isso , muito pelo contrario achava que os dois estavam destinados a ficarem juntos, não podia dizer o mesmo de Richard, quando descobriu que Alexandra estava namorando, quase surtou com medo de perder a garotinha do vovô, mas era inevitável, até ele sabia que não tinha ninguém além de Taylor para  Alexandra.
Era noite e Alexandra tinha fugido do quarto para a praia,ela tinha marcado um encontro , quando ela
andava pela areia, via  a silhueta alta e inconfundível, Taylor.
 Era a primeira vez que se encontravam assim, só os dois, escondidos.
-Olá.
-O-olá.
Ele não tinha se virado, e ela se aproximou.
-Senti sua falta.
Ele falou finalmente se virando, e Alexandra abaixou a cabeça instantaneamente, não queria que ele começasse a rir de seu rosto vermelho logo agora.
-E-eu t-também senti a sua.
 Taylor  a abraçou, pegando-a desprevenida e sussurrou :
-Eu sei.
Ela sentiu o hálito quente próximo a sua orelha e um leve roçar dos lábios carnudos, tremeu e se arrepiou por inteira.
Não apenas rosto mas o pescoço e os ombros tomaram um tom rosado, que os tornou irresistíveis para Taylor, e não se contendo beijou o ombro delicado e passou a ponta da língua, como se para sentir se o gosto era tão bom quanto o cheiro, e sem dúvidas era.
-...Taylor.
Alexandra gemeu baixou quando o sentiu deslizar a língua até o pescoço e beijá-lo delicadamente.
A sensação era inexplicável, nova, boa. Sentia as palmas suarem e a garganta parecia ter tomando vida própria emitindo sons desconhecidos por mais que ela tentasse se segurar. Taylor por sua vez já havia saído do pescoço e agora concentrava atenção na pequena orelha rosada, entorpecido com o cheiro do cabelo dela.
-Perfeita...
Ele sussurrou, subindo-lhe vagarosamente a blusa, o contato com a pele quente e macia, os tímidos gemidos que ela dava, ele não suportaria, se ela não o parasse, ele não iria resistir a ir mais fundo...
 -Taylor...pare.
Droga!
Ele relutantemente se afastou.
-Desculpa.
Ele disse sem estar sendo sincero.
-T-t-tudo bem. 

Ela abaixou a cabeça .
-Nunca te vi tão linda.
Ele riu baixo.
-N-não começa Taylor.
Disse ela colocando as mãos do rosto.
-Ei .. não se esconda de mim, me proibir de ver seu rosto é considerado crime sabia.
-Bobo.
Ele riu de novo  e se sentou na areia, não demorou muito para ela fazer o mesmo.
 Estar junto com Taylor era tão natural que ela não sabia como ele conseguia deixar tudo constrangedor, mas ela não se importava, apenas de estar com ele era como um sonho...uma pena que sonhos não duram muito.

  -Venha para o outro lado da ilha Alexandra...
Sussurrou uma voz vinda das ondas, Alexandra ficou estática.
 -Atravesse a floresta Alexandra...
Alexandra não ouvia essas vozes a muito tempo, ficou paralisada, esquecera-se de sua mãe, das vezes qye fugira escondida pela janela do quarto para ouvir as ondas e ....aquela voz, mas principalmente esquecera-se do que aconteceu na noite que entrou na água.
-Alexandra?
Chamou-a Taylor, mas Alexandra não ouviu.
-Alexandra, venha...você precisa vir para  o outro lado da ilha.
Alexandra levantou-se e com o rosto inexpressivo caminhou para a beira da praia. Atrás dela, Taylor a chamava, mas ela não ouvia
-Alexandra...o outro lado da Ilha.
As ondas batiam fortes.
"Não posso"
Ela sussurrou,
"Alexandra, não vá para o outro lado da Ilha ", sempre lhe disse sua avó a ao fim falava um "por favor" tão pesaroso e com os olhos tão doídos e suplicantes que Alexandra nunca cogitou desobedece-la

Mas agora...as ondas...sua mãe...a chamava para lá...será que deveria?
-Alexandra!
Taylor a puxou pouco antes de seus pés tocarem a água.
-Você está louca?!
Gritou Taylor virando-a para ele.
Alexandra finalmente o ouviu, piscando os olhos sentido-os lacrimejar.
-Você queria se matar? Entrando na água com o mar desse jeito á noite?! O que estava pensando? Fale alguma coisa!
-V-v-você n-não ouviu?
-Ouvi o que?
Alexandra mal  conseguia falar, os lábios, entreabertos e gelados revelavam parte dos dentes batendo um no outro,sem que ela percebesse. Os seus dedos agarravam o casaco de Taylor com força, olhava para ele com uma expressão que ele nunca havia visto, foi então que as mais inesperadas lágrimas caíram esquentando o rosto de Alexandra, pela primeira vez Taylor não sorriu ao ver o rosto corado de Alexandra.
-Alexandra o que foi?
Sua voz voz não era mais dura e sim preocupada.
Alexandra o abraçou enterrando o rosto em seu peito.
-Eu tenho medo do mar!
Ela gritou e Taylor a abraçou fortemente, nunca sentiu uma dor como essa ao ver o rosto choroso de Alexandra, e agora ouvindo-a chorar molhando seu casaco e o apertando tão forte como se ele fosse a algum lugar, esqueceu-se da raiva, das perguntas, das dúvidas...só queria confortá-la.

 Cáp . 5.5
 Alexandra jogou-se na cama , com seu coração disparado, havia se despedido de Taylor assim que passou chorar, ela estragou o encontro dos dois que havia começado tão bem. Mas agora ela não queria se preocupar com isso, queria saber o que tinha acontecido naquela noite, ela realmente havia entrado na água, e as vozes, por que voltaram? por que agora ?Como saber? .. saber olhou para o lado onde viu seu diário em cima da escrivaninha...será que ... ?
Alexandra abriu o diário folheou-o como louca em busca de respostas.
Achou.
A página manchada de água salgada e com pequenos rasgos:
"Querido diário, eu entrei no mar agora, e via a sombra de minha mãe bem longe "venha para o outro lado da ilha" ela me disse  "eu sou sua mãe"
 Eu não conseguia vê-la direito.
"Vamos ficar juntas para sempre."
Aquela altura eu achei que estava sonhando, afinal eu estava debaixo da água, e não sentia falta do ar, mas as minhas pernas começaram a se entortar, com os joelhos virados e eu gritei, olhei para sombra que disse : "Do outro lado da ilha" e sumiu.Então eu me afoguei, subi para a superfície com dificuldade, minhas pernas duras e dormentes me arrastei até a beira da praia, bebi muita água mas fiquei consciente, agora preciso dormir, ou voltar a dormir.por que ainda não sei se foi um sonho. "

 Alexandra sentou-se perplexa ...não foi um sonho

 E então ?